Chave na tola

Parte I

Porquê?

A pergunta é exacta, a pergunta é simpática e tem todo o sentido, tem um cheiro diferente e uma harmonia que contagia. A mudança é de todo menos simples, não é prática, não é algo que se faça de cabeça tola. Leva tempo, leva-nos pedaços de nós. As mudanças são sempre macabras, são fodidas, são uma coisa que o tempo ajuda a superar, mas o caminho é literalmente uma dor imensa...

 

Há duas semanas, decidi mudar o ambiente do meu blog, pensei antes em fechar... mas são alguns anos aqui a expor, a escrever, a sentir... não faz sentido para já, mas um dia acontece! A decisão mais sensata naquele momento de turbilhão, foi a mudança... acredito que foi... se não foi azar... agora fica assim... 

Passaram duas semanas, e então novas mudanças, não na virtualidade do que exponho, mas no meu espaço. Entrei em casa completamente fodido, com um nó na gargante e uma vontade de partir alguma coisa... parecia um furacão, um Jorge Luís Grilo que sabe bem o que quer, onde vai, e acima de tudo que luta por tudo aquilo em que acredita, então imaginem... casaco para o chão, mangas para cima, mudei a sala TODA, aparador para outra parede, mesa de jantar num sitio novo, mexi em tapetes, sofá etc... no final estava de rastos e estou... aspirador na mão e zasss... depois esfregona na mão e zasss... 

Resumindo, mudei o meu espaço na net, o BLOG, mudei a minha SALA de casa onde tento relaxar e me sinto bem.

Todo este processo custa-me, mas sabe bem, é ter objectivos na vida, e o meu passa por a cada olhar meu criar algo novo!

Recentemente fiz um exercício que nunca tinha feito. Li todos os meus textos aqui expostos... são alguns... e dei por mim a pensar - "Jorge, tu já tiveste tanta merda a acontecer e man, estás aqui foda-se!" - o exercício foi muito bom, ler o que escrevi dá uma dinâmica diferente a todas as minhas decisões. O passado que vivi, representa exactamente isso, o passado, e o passado por ter passado é algo que não quis para mim. Neste momento quero construir um presente para que no futuro me ria do passado, ou sorria para o passado.

Sou um pouco cru a escrever, e acho que o começo a ser na vida fora daqui, mas ser cru não é ser cruel, é como ser frontal, não é ser verdadeiro... e vice versa...

Parte II

Ontem em conversa com um amigo, entre muitos desabafos meus e alguma dor, referia ele que apesar de estarmos na era da globalização, na era da comunicação, onde existem mil e uma formas de comunicar, onde com um dedo chegamos a alguém e falamos e vemos determinada pessoa... apesar disso, apesar dessa anarquia que é a comunicação global e sem paredes e obstruções, apesar disso estamos cada vez mais sozinhos... que estranho... ou será que nós afinal somos uns animais retratados que vivemos sempre na busca de uma resposta sem procurarmos ler a questão de forma inteira? Será que estamos a perder tempo das nossas vidas com matéria pouco palpável? Não compreendo no que nos estamos a tornar... não quero isso para mim!

Parte III

" A verdade nunca se esquece de acontecer!!!!!!!"