quarta-feira, dezembro 22, 2010

Sam Baker

O sono não me batia á porta, o copo estava vazio, e os meus pensamentos estavam a viver um aconchego, uma reaproximação ao meu grande amor. A minha felicidade era contagiante.
Da janela era possível ver as arvores a ficarem nuas, o vento despia os ramos, como se um amante fizesse o seu trabalho.
 Procurei na internet, poemas e músicas. Fui ao encontro de um músico que me era totalmente desconhecido. Fui atraído pelo rosto que me aparecia, um homem de paz, de cabelos brancos que me queria deixar ouvir os seus poemas. Musicalmente não se poderá dizer que seja de uma composição extraordinária, mas a simplicidade é isso mesmo, extraordinária e fantástica! Comecei por ouvir um tema (Angels), que se repetiu vezes sem conta ao longo da noite. Um poema forte. O vídeo era ao vivo, numa espécie de apartamento com vista para a cidade, o que torna o seu poema ainda mais rico. Tive nesse momento a necessidade de começar a explorar o Senhor Sam Baker, e não só fiquei fã dos seus poemas, porque na verdade Sam Baker é um escritor que acompanha os seus poemas com uma viola com acordes simples e com uma harmónica suave. Foi muito bom o que ouvi, mas começava a questionar-me dos seus poemas, era como se retratasse em histórias que ele próprio viveu, principalmente no segundo tema que ouvi (Broken Fingers). A busca por temas de Baker começa a ir cada vez mais longe e não conseguia deixar de o ouvir, são autenticas lições, histórias, perspectivas, exemplos de determinação que nos fazem pensar, ensinam-nos a relaxar quando o ouvimos, surge então o terceiro tema (Snow), e mais um pontapé no estômago. Decidi então entrar numa conhecida loja que começa por F, e acaba NAC, mas não havia. Procurei na internet por mais e fui dar ao Facebook de Baker, obviamente que cliquei em “Gosto”, e eis comecei a ler a sua história, nesse momento percebi perfeitamente o tema Broken Fingers e a dimensão humana que a sua escrita tem, talvez por isso ao ouvir me senti tão calmo, porque a voz e os poemas com a simples guitarra acústica, são simplesmente relaxantes.

 . . . SAM BAKER . . .

“While traveling in Peru at age 32, Sam Baker took a train ride that would change his life. On a clear cool morning in Cuzco in the summer of 1986, Sam boarded a passenger train that was blown up minutes later by terrorists. Initially, seven died. The dead included a German boy and his parents who were sitting with Baker in the car. Baker survived, but with lasting damage- deafness, a mangled hand, a mangled leg, and brain damage affecting speech and memory. At 55, words are still occasionally unremembered, requiring extensive search. However, during these searches, he finds other words. From these other words, he finds other stories. And with these stories come characters from other places and times.”
“Baker’s music is authenticated by experience. Seldom in modern music is the listener able to hear a unique voice with an uncommon story. As told through Sam’s voice himself:

“Life is beautiful, difficult, terrible, and transcendent. Each of us is part and parcel of one great community, one great pretty world that reaches back to a time before recall and reaches forward beyond imagination. We are love. We are hope. We are stories.”

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