Aceitar, não é um processo criativo. Aceitar é um estado de alma, uma fonte de energia que existe em nós!
Custa saber que aceitar sim mas opção não!
Os caminhos são como casulos, onde no seu interior existem minhocas, melancolia, melodias pouco claras e uma sujidade em pó que abunda a cada suspiro ou respirar.
Na janela do meu 7º andar, vejo a luz em perfil, onde cada uma das janelas transporta a vida de cada um deles, um voyeurismo claro de vidas cruzadas, uma sensação estranha de que ali existe a aceitação, a criação e a estética organizada, ou não. Pode ser sempre uma questão de fachada, uma questão de lógica e perspectiva.
Eu por meu lado, tenho o meu espaço organizado, as minhas gavetas estão limpas, as meias estão organizadas, a maquina está a lavar e a louça trato amanhã. No quarto está a minha filha que dorme como uma princesa. Passámos parte da noite a colar borboletas nas paredes, foi mágico e acabamos os dois a rir á gargalhada, é nela que centro as minhas energias, porque é nela que sei que sou especial, é ela que me olha nos olhos e me disse antes de dormir “adoro-te papicas (carinhosamente pai)”. Adormeceu com o braço na minha cabeça, e por quatro vezes que me levantei para vir para a sala, por quatro vezes ela não me deixou, ali me quis, ali fiquei. Para depois me sentar no sofá e sentir as paredes a caírem em cima das minhas costas.
Sou racional e um autêntico bulldozer, tenho a consciência de que sou uma pessoa tranquila e sensata, respeitador e muito muito atento, sou leal porque a lealdade é a minha amante! Dizes-me o meu melhor amigo “és autentico”. Pois que ser eu por vezes apenas me transporta alguma dor, alguma ânsia de viver.
Crescemos, aprendemos e devoramos sabedoria, basta querermos, basta sentirmos o que é bom para nós e para vós!
Acredito, porque aceito a verdade.
Vou para junto da Carolina, a minha princesa de 1 metro e picos, louraça de olhos verdes que este fim de semana vai estar com o papicas a curtir a vida e eu a curtir o brilho dela!
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