
Homens nus, despidos de sentimentos. Sentimentos nus aguardam homens despidos.
Perspectivando a saudade do fado, pedido a clemencia da solidão. Gritando para pedras que choram por amor divino da revolução dos cães danados de fome, cheios de ar não sabem ladrar a revolta crua que é a morte do desespero da esperança cega.
A vida para além da vida, Para além da presença da morte.
A certeza da morte que nos faz viver e amar quem nos ama. Fogo que nos queima a alma sem dor. Cicatrizes visíveis por nós, invisíveis por todos. Marcas eternas que nos vão deixando despidos. Despidos de alma que não é fácil de ser, que é difícil de não ser.
O que somos? Objectos simbólicos que deambulamos por caminhos incertos, definidos por algum Deus que não existe. Definidos por palavras por nós inventadas, por nós manipuladas.
O QUE SOMOS? Somos nós. Homens de palavra! Com sentimentos ou sem sentimentos? Com sentido, com certezas de que temos sentimentos sentidos por todos, escondidos de alguns, não compreendidos por outros. Somos pedaços de um mundo. Que mundo? Este mundo! Qual? Este! Qual este? Este onde estamos! Onde estamos? Aqui! Aqui onde? Onde aqui estamos! Não importa quem somos ou onde estamos. Importa o que fazemos, o que sentimos e o que transmitimos! Somos nós. Somos matéria que se move, que se sente... enfim somos um pedaço de alma... então é fácil ser alma?! Talvez...
Fotografia tirada por: Jorge Grilo
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